Contagem regressiva


Infelizmente, por múltiplas razões, mesmo seis meses depois das eleições municipais, o palanque eleitoral não foi desfeito em Campo Limpo Paulista.
Desde a posse da nova equipe de administração municipal, todo material produzido para comunicar à população alguma ação da atual gestão sempre vem com ataques aos dois prefeitos anteriores.
 

Eu mesmo, que nunca falei em comício, ainda preciso me manter num tipo de “palanque virtual”. Ao menos para assegurar que as vozes divergentes vão continuar ecoando. Tentar me calar já é um intento, talvez, um plano. Mas para conseguir, tem muita estrada para rodar e muito feijão para comer.
 

Por sucessivas vezes, e em múltiplos meios, já disse que não morro de amores pelo ex-prefeito Armando Hashimoto, mas ouvir sandices e calar diante delas, me tornaria tão insano quanto quem as profere.
 

Tenho, sim, escancarada predileção pelo ex-prefeito Luiz Braz. Nunca figurei em sua lista de favoritos. Nunca precisei de suas benesses. Nunca estive na fila do beija-mão. Mesmo assim, reconheço nele a liderança que a cidade precisava para mudar a partir de 1997. E que mudou.
 

Não concorda comigo? Ótimo. Não preciso de unanimidade. Não tenho preocupações em ser aceito ou receber aplausos. Felizmente, sempre recebo incentivos. Mas, se eles não acontecem, minha firmeza de pensamento, clareza de propósitos e liberdade de expressão não estão à venda e asseguram-me a dose de disposição e coragem para tornar público o que sei e o que penso.
 

Quem mesmo depois de ocupar funções de comando, ainda prefere a postura de palanque, argumenta que os últimos 16 anos foi de abandono, retrocesso, saída de trilhos, atraso blá blá blá. Juram de pé junto que não vão olhar pelo retrovisor, mas, a quase 100 dias de governo, foi tudo o que se ouviu, leu e viu.
 

Aliás, olhar pelo retrovisor é uma coisa que até os populares estão fazendo com uma dose de saudade. Jamais pensei que em três meses de troca de governo ouviria alguém dizer estar com saudade do Hashimoto, mas ouvi. Contudo, é compreensível. Os serviços públicos sofreram uma fragorosa piora.
Eram impecáveis até dezembro de 2012? Não. Os opositores já me acusaram que eu dizia estar ‘tudo às mil maravilhas’. Tenho a consciência tranquila de nunca tê-lo dito ou escrito. E o que importa é o que eu digo e assino, não o que os outros inventam.
 

Hoje, quem veste a camisa para defender a atual administração (e atacar as anteriores) diz que é pouco tempo para cobrar e que, quem está do outro lado fala por despeito. Nos acusam de só atacar e nada propor. Chegam ao disparate de dizer que as publicações têm motivações exclusivamente partidárias.
Como se os mesmos indivíduos nunca tivessem feito o mesmo. O que digo é partidário? Que seja. Mas não é mentiroso. Não invento. Não dissimulo. Em algumas situações preciso de parábolas e metáforas, mas, não, mentiras.
 

Reclamam por propostas. Ora, quando atacavam, nunca propunham nada. Mesmo porque promessas eles têm em profusão. Ao menos foram apresentados 151 tópicos no mirabolante plano de governo registrado na Justiça Eleitoral. O que eu e as torcidas do Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos e Flamengo queremos é que sejam cumpridos.
 

De qualquer forma, 10 de abril está logo ali. Com isso, expira os 100 dias pedidos pelo sr. José Roberto de Assis para, enfim, implementar suas mudanças. Fica a contagem regressiva para que as tais promessas comecem a ser cumpridas.
 

Porque, até agora, o que se viu foi mentira, incompetência, prepotência, nepotismo, invasão de forasteiros, vingança e outras mazelas. A política do não-trabalho é tamanha que até 3 de abril, 226 pessoas foram demitidas. O custo da vingança foi de R$ 505.135,66. Com isso, a lorota do “tô sem dinheiro”, mais uma vez perde possibilidade de comprovação. Quem ainda tem esperança, afie-se a ela e continue contando.

 
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