Cadê o sabe-tudo?

No meio de toda essa celeuma que toma conta do país há duas semanas, o doutor honoris causa em besteirol, aquele que assina por Luis Inácio Lula da Silva, teve ter cooptado um carregamento generoso de Doril para sumir do jeito que sumiu.
De um lado, estão os cidadãos de bem, honestos, sinceros em seus ideais de mudança da nação. Do outro, vagabundos de toda ordem, barbarizando os eventos que começam bem e têm desfechos funestos.

O mentiroso de nove dedos abandonou a pupila dele, presidente Dilma Rousseff, em maus lençóis. A coitada que não tem o menor tato político está mais perdida que barata banhada em inseticida.
Propôs um troço na segunda (24) cedo, teve de recuar no final do dia. A tal Assembleia Constituinte proposta diante de prefeitos das capitais e governadores foi, para dizer o mínimo, populista e precipitada. Foi uma fala impensada só para tentar “sair bem na foto”, mostrar como está preocupada.

Preocupada deve estar mesmo. Eu também estaria. Estourar no colo dela a fúria de uma massa pouco imbuída do que, de fato, estão fazendo nas ruas não deve ser nada agradável. 
Colher frutos das sucessões de erros do padrinho divinizado e os equívocos, ou mesmo erros crassos, das gestões anteriores desde a redemocratização, é mesmo de preocupar. Ainda mais para uma pessoa como ela, pouco afeita ao diálogo. Sem tato. Sem trato.

Agora, tem até gente safada como Renan Calheiros querendo desfilar de proponente para as grandes causas do País. Já está “cheio de dedos” propondo coisas mirabolantes, verdadeiros milagres. 
Se foi o apedeuta-mor quem deu as orientações para a reunião desastrosa de segunda, ele só está querendo reforçar o coro do “volta, Lula”. Já negou. Mas, quem mente uma, duas, três vezes, mente mil.

Não votei na “oportunista” como bem definiu Leonel Brizola, ex-presidente e fundador do PDT, partido de origem da presidente. Contudo, ela lá está por direito constitucional.
Não concordo com sua visão de mundo, tampouco com a política econômica que endossa a história de tomar do rico para dar ao pobre, porque esse último é um coitado e não teve oportunidades. Vide o que as “bolsas” estão criando: um exército de dependentes e improdutivos.

Quando a fatura dessa mamata estiver sendo cobrada, teremos outras depredações, mas desta vez, não da classe média (como definem os integrantes dos protestos de agora).
Embora discorde perenemente da presidente, não admito como producente os berros idiotas de quem “iscrivinha” e “vai pra rua revindicá” sua renúncia. 
Com que argumentos pode-se requerer uma sandice dessa? Vi uma imagem rolando em redes sociais com a foto do Papa Emérito Bento XVI simulando segurar um carta onde dizia: “Dilma, se eu posso, você também pode renunciar”. Ridículo!

Não votei e não voto na atual presidente. Apesar da rejeição completa, não entendo como admissível que alguém, aparentemente em pleno domínio de suas faculdades mentais, queira defender esse tipo de argumento.
Ela está errando nas medidas econômicas? Os especialistas dizem que sim. Mas, que crime pode ser imputado a ela para que tivesse que abrir processo de impeachment e, para sobreviver politicamente ela tivesse que renunciar?

Esse tipo de grito chucro me faz ter cada vez mais serenidade por integrar a minoria pouco entusiasmada com essa nova “moda” do Brasil de ir para a rua. Também recuso-me a reproduzir o novo bordão: “o gigante acordou”.

Se depois que a “moda” passar, os cidadãos se mantiverem participando das sessões nas câmaras, candidatando-se para integrar conselhos municipais, aí sim, passo a acreditar em um país “acordando”. Por hora, não passa de um sonâmbulo. Diante de água para e volta a deitar.

 
Design by Wordpress Theme | Bloggerized by Free Blogger Templates | coupon codes