Caldeirão de "não-sei-o-que-quero-nem-o-que-não-quero"

Está circulando uma publicação que "condena" algumas ações de apoiadores do Rede Sustentabilidade, partido que ex-senadora Marina Silva tenta legitimar ainda para o pleito de 2014. O texto mistura Marina, o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Marcha Para Jesus, Parada Gay, enfim, uma salada de repolho com espinafre.

Diante da publicação (vide no fim do post), uma amiga afirma, via Facebook, que "Não existem opções para 2014!!". Em outro comentário se lê: "Fala a verdade! Votar em quem neste país! Como vamos avançar com esse povo no poder! Juro que ela era minha opção para 2014, agora estou totalmente sem opção...".  

Diante disso, sinto-me no direito de também me manifestar, porém, na corrente contrária.

Neste momento, 28 partidos recebem recursos do Fundo Partidário. Até junho, já tinha dividido R$ 171 mi do fundo partidário deste ano previsto em R$ 294 mi. Podemos não concordar com esta ou aquela corrente política. Porém, negar todos os partidos não é o caminho mais acertado.

A coisa é viciada, porque são sempre os mesmos que pulam de galho em galho e decidem quem fica, quem sai, quem se candidata, quem apoia. Que apoios recebe. Que apoios oferece. Que conchavos tornam público com nome de "acordo", e quais deixam embaixo do tapete.

Enquanto formos omissos e/ou negligentes quanto ao sistema que aí está, vamos ter a lamúria como recurso e a classe política o deboche como resposta. Já disse e reitero que maus políticos não têm medo de protesto. Maus políticos têm medo de articulação, organização, participação, investigação, acompanhamento, monitoramento, fiscalização, questionamento.

Fator Marina
Como evangélico poderia, sim, estar endossando a Marina Silva como candidata a presidente. Mas é bom lembrar que eu não elejo um católico, evangélico ou espírita, elejo um gestor, por isso, a confissão de fé de Marina não é critério para me fazer votar por, digamos, 'afinidade'.
Embora o discurso de Marina como pré-candidata a presidente não me convença, caso seja formado em Campo Limpo, se eu não sair do PV para integrá-lo serei um incentivador para que o mesmo tenha seus filiados. 

Faço o mesmo com partidos que antagonizo, como o PT. Não suporto as distorções marxistas defendidas por PSOL, PHS, PCO e correlatos, mas acredito, piamente, que quem defende esse tipo de ideologia deve, sim, se agregar e participar, contestar, propor, aprovar, rejeitar, enfim, fazer valer o seu direito de expressão.

Se os catalizadores de assinaturas do Rede vão à Marcha para Jesus e não optam pela Parada Gay, que temos a ver com isso? Essa questões dos direitos de minorias se resolvem no parlamento (na hora de aprovar ou rejeitar projetos), como expressão do voto de quem é credenciado para isso. 

Se os membros de uma igreja não podem ser convidados a assinar uma lista de apoio a um partido, ficha de filiação não deveria ser preenchida em boteco. Acredito que temos supervalorizado questões pequenas e negligenciado o que realmente importa.

Publiquei uma lista de partidos e os sites nacionais dos partidos. Para facilitar a pesquisa daqueles que não têm filiação ou pretendem mudar. <clique aqui>

Em Campo Limpo, temos na Câmara, representantes do PV, PT, PSDC, PR, DEM, PSDB, PP e PPL. Na cidade, há diretórios ou comissões provisórias do PDT, PTB, PTdoB, PPS, PHS, PSOL entre outros. Acredito que se, de fato, queremos mais do Brasil, teremos que doar mais de nós.

 
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