Sessão ordinária histórica

Sobre a 16ª Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Campo Limpo Paulista realizada dia 1º de outubro, Dia do Idoso, Dia do Vereador, dia de nº 273 de ocupação do poder pelo clã Assis. Embora os integrantes do grupo no Facebook "Debate Campo Limpo" já tenham apelidado a sessão supracitada de "circense", tenho visão diferente. 

Como já disse outras vezes, evoco novamente o raciocínio: não estou em busca de formar o Clube da Concordância. Não tenho problema em, talvez, ficar no lado da minoria. Democracia, afinal, é isso, ainda que minoria, poder nos expressarmos sem o risco de morrer na guilhotina.

Fiquei estupefato com o que as declarações de um vice-prefeito (realizadas no dia 25 de setembro) pode fazer com uma sessão ordinária. Simplesmente superlotou a Casa! Uau! 

Seria digno de mais folguedo não fosse a informação já postada aqui pelo David DeLira sobre as senhorinhas que foram informadas sobre uma suposta homenagem. 
Como quem relatou foram pessoas simples que não iriam inventar o "causo" fica aqui mais uma indagação sobre quais seriam as reais intenções de divulgar uma coisa apenas para dar público assistindo a sessão.

Achei interessante a quantidade de funcionários da Prefeitura que ajudaram a compor a plateia. Será que estavam lá porque queriam aferir o desenrolar da coisa ou houve pressão para que marcassem presença? 
Por uma razão, absolutamente nebulosa, teria alguém imaginado que poderiam influenciar em qualquer decisão tomada no plenário?

A presença de servidores na quantidade que se aferiu é por medo do vice prefeito assumir a cadeira ou desejo que isso aconteça o quanto antes?

Mas é bom destacar, também, que foi registrada a presença de muita gente que não tem vínculo com nenhum vereador, prefeito ou mesmo com o vice. No máximo, uma simpatia pelo Marcão e um entusiasmo não velado pela sua nova postura como oposição ao atual prefeito.

Ao contrário do que protestou a maioria, a sessão, para mim, foi histórica porque "nunca-antes-na-histora-dezta-cidade" (com voz rouca e embargada) uma celeuma desta envergadura expôs as vísceras de um grupo que venceu o pleito eleitoral pela mentira e o exerce com engodo. Em apenas 273 dias, a população está sendo testemunha de um bambear da corda que faz inveja a qualquer ébrio tentando andar na guia da calçada.

Não sou adepto da Kabala, mas entre 01/01/2013 e 01/10/2013 trocam-se apenas a posição dos algarismos. Infelizmente, o que a cidade presencia vai além disso. É a verdadeira dança das cabeças, onde a qualquer momento muitas podem rolar, ou não. A expectação que se cria em um ambiente desses é digna de pesquisa acadêmica para um mestrado ou doutorado.

No tocante aos vereadores, saí mais entusiasmado do que a maioria. Como os presidentes de duas comissões Finanças, Contas e Orçamento (ver. Riberto) e Justiça e Redação (Leandro Bizetto) já informaram, publicamente, que vão oficiar o poder Executivo e ambos afirmaram que vão dar ampla publicidade às respostas encaminhadas pelo mesmo, a sociedade não está desarvorada. Agora, é só aguardar o tramite desta comunicação entre Legislativo e Executivo.

Foi muito pertinente que o próprio vice-prefeito protocolasse denúncia formal na Câmara de Vereadores no dia 30 de setembro. Se eu não estiver fazendo uma leitura errada, evidencia que ele tem bala na agulha. Entrou com isso e, como parece ter recebido novas informações, mais chumbo deve vir por aí. A disputa política, claro, é patente. Indisfarçável. Parece um eclipse solar iniciado ao meio-dia. Ou seja, impossível não perceber.

Contudo, se o maior implicado em tudo isso, o prefeito, nada tem a temer, que responda aos vereadores e que faça o mesmo que fez o vice prefeito: procure a imprensa e refute ponto a ponto as declarações. 

 
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