Benemerência com chapéu alheio


O cadastro que estão fazendo de pessoas que precisam de cadeiras de roda, na verdade, na verdade, é só mais uma tentativa de recuperar a imagem combalida dos protótipos de gestores. Na prática, a grande questão é que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias dispõe da doação como informa a nota no site da Prefeitura, mas não tem conhecimento de quem precisa. Daí, o ato de recorrer a quem, supostamente, teria todas as informações de quem precisa e como localizá-los.

Os badamecos mor e mirins adoram denegrir, gratuitamente, a imagem de todos os integrantes da gestão anterior, embora ainda não conseguiram mostrar em que são melhores como vendiam ser. De qualquer forma, os membros da gestão passada também já receberam a mesmíssima doação pela mesma entidade. O que foi feito? Procurou-se pelas pessoas que usavam cadeiras de rodas e que as mesmas estavam em condições precárias e as substituíram. Olha que simples.

Como assessor de imprensa nunca editei uma nota para falar do assunto. Pelo jeito as minhas amigas que trabalhavam na Assistência Social tinham mais interesse em executar o serviço do que em dar publicidade. Essa história da abertura de cadastro não me cheirou bem desde o começo. Implicância? Deve ser. 

Mas, se não estou doido, a coisa é mais ou menos assim: 
1) Uma pessoa sofre um acidente (no trânsito ou doméstico); 
2) O prognóstico aponta que a pessoa vai precisar de cadeira de rodas por um período "x" para recuperação ou, quando o caso é grave, se torna dependente por toda a vida;
3) Se a família tem condições, providencia a compra daquela que está ao alcance;
4) Se a família é carente, o primeiro lugar que bate à porta é a Assistência Social.

Logo, se há algum órgão que sabe quem são as pessoas que precisam é a Assistência que disponibiliza o cadastro ao Fundo Social. Essa do cadastramento, como disse acima, é só mais uma tentativa de mostrar a imagem de "bom moço" ou seria "boa moça"? Não sei o sexo de quem arquitetou a estratégia de promoção com o chapéu alheio. Fato é que não cola! 

Recebam a doação. Cuidem com carinho das cadeiras porque sempre tem alguém que hora ou outra vai precisar. Fica, ainda, a dica de vocês ligarem para quem está usando e ver se não vale a pena trocar. Se a gestão passada fez assim, por que vocês não podem fazer, não é mesmo?

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